Resenha de uma Bitch – Perverta-me – Anna Zaires

Curiosa sobre uma história fora dos padrões? Perverta-me tem tudo o que você precisa e nos faz analisar os nossos próprios pensamentos.

Hey! Quem gosta de livro Tabu aí levanta a mão… Se você é fã de livros fora dos padrões, continue até o final mas se você não curte temas fortes, que possam ativar gatilhos ou possa te tirar da casinha, então é melhor você parar por aqui, porque esse livro não é para você, ok!

É a primeira vez que leio um livro da autora em questão – a leitura foi para participar de um #BookTour – e confesso que a autora ganhou a minha admiração por saber desenvolver o tema com tanta destreza, expondo a história de forma crua e verdadeira, dentro de um contexto ficcional. Ela torna a história tão envolvente que em muitos momentos ficamos em dúvidas se torcer pelo casal realmente é tão errado assim.

Nora é uma menina prestes a completar seus 18 anos, com muitos sonhos e anseios. Pronta a iniciar as comemorações com sua melhor amiga, vão a uma boate. Mesmo sem saber, ela conhece o homem que mudará drasticamente a sua vida e no primeiro encontro, ela sente o perigo que exala dele e foge, achando que apenas deixar o ambiente afastará aquele enigmático ser da sua vida, porém meses depois no dia da sua formatura, uma força a puxa para olhar no final das cadeiras de espectadores e fica chocada ao descobrir que o mesmo homem misterioso está a observar. No fundo do seu coração ela sente que tem algo errado, mas afirma para si mesma que ele não está lá por ela. Apesar de sentir todo o perigo que exala do homem, ela se sente com medo e atraída.

Acontecimentos depois, Nora é sequestrada e acorda em uma Ilha deserta. O que fazer ou sentir por um homem que a sequestrou, estimulou para que sentisse prazer e forçasse a violação do seu corpo? Nora é tomada por um dúbio de emoções, e luta contra seus próprios pensamentos porque ao mesmo tempo que sente que é errado, odeia a sensação de sentir prazer, se sente atraída pelo perigo sem nunca desistir de fugir. O problema é que cada ato impulsivo dela, alguém que ela estima sofre as consequências e isso a prende no lugar, aceitando o que lhe é entregue.

Julian é o cara bonito que sabe o que quer e quem ele quer, mas não foi uma escolha a esmo. Existe um mistério que envolve a vida do nosso bandido e em muitos momentos entendemos que a atitude dele é um ato normal em seu mundo, que toma posse do que ele declara ser seu.

Analisando racionalmente é difícil acreditar que uma menina se apaixone por seu algoz, mas psicologicamente é justificável como uma síndrome. A autora explora o tema de forma tão natural que a cada acontecimento da história a gente se sente perdida se torce para ela fugir ou permanecer na Ilha com ele. Tantas coisas acontecem que vemos um convívio pacífico e familiar se desenvolver que acreditamos que o errado muitas vezes pode ser o certo. Esse foi apenas o primeiro livro de uma trilogia e já aguardo ansiosamente para ler a continuação e tirar a minha própria conclusão. Porque apesar do Julian ser o cara mau e saber o porque ele se tornou assim, quero muito entender sobre esse mundo que o forjou, as catástrofes que envolveram a sua vida para que ele se tornasse quem se tornou. E que final! Eu realmente gostei muito do livro e recomendo sem moderação.

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